Coluna Painel, Folha de S.Paulo
Debruçados sobre as contas da campanha de Lula, que serão julgadas amanhã, técnicos do TSE ouviram um sonoro "não" da Receita Federal ao pedirem informações sobre a Caemi, holding da qual faz parte a mineradora MBR, que doou R$ 2,2 milhões ao comitê petista. O item chamou a atenção porque a Caemi também detém participação na concessão de uma ferrovia. Pela lei eleitoral, concessionárias de serviços públicos estão entre as "fontes vedadas de doação". O ofício à Receita foi enviado em 24 de novembro. Uma semana depois, na véspera do prazo de conclusão da análise da prestação das contas de Lula, veio a resposta. Nela, o órgão declara não ter competência para esclarecer a natureza das atividades da empresa.
O site da Caemi na internet afirma que a MBR participa do capital e do controle da MRS Logística S.A., "concessionária de serviço público de transporte ferroviário de carga resultante do processo de privatização". A ferrovia em questão passa por São Paulo, Rio e Minas.
Editado por Anônimo às 12/04/2006 06:59:00 AM |
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