Do Estadão O presidente Luiz Inácio Lula da Silva jogou a sua equipe econômica na fogueira ao determinar que o Brasil acelere o crescimento econômico para 5% já a partir de 2007, sem definir o caminho para que este objetivo seja alcançado. 'O governo caiu numa armadilha da oposição ao adotar a bandeira do crescimento imediato de 5%', disse uma fonte do Executivo.
A posição delicada dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento e do Banco Central (BC) ocorre porque o espaço de manobra deixado pelo presidente é muito estreito. De um lado, Lula rejeita fórmulas do tipo da Argentina, na qual o controle inflacionário é sacrificado por ganhos de crescimento no curto prazo, ou da Venezuela, no qual o boom é financiado com ações de grande risco na área fiscal.
De outro, manifesta irritação com a agenda ortodoxa para acelerar o crescimento, que prevê forte contenção dos gastos correntes e reformas da Previdência e tributária, e implica duros enfrentamentos com grupos de pressão, muitos dos quais fazem parte da base eleitoral petista, como funcionários públicos e aposentados.
Editado por Anônimo às 12/10/2006 08:12:00 AM |
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