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BOM DIA A CACHORRO
Por Giulio Sanmartini

“Quem fala muito dá bom dia a cachorro”. Este não é um ditado que pode ser aplicado a todos que falam, podemos ouvir um douto falando horas ininterruptas sem captarmos uma estultícia ou ficar com os ouvidos cansados. O anexim cabe como uma luva aos néscios e parvos.
Mas o pior é quando quem diz parvoíces apresentando-se como inepto e atoleimado é o presidente da República Federativa do Brasil.
Nesses quatro anos que se passaram a fora as mentiras, as promessas mirabolantes e as grossuras (que ele confunde com espontaneidade) dignas de rufiões de bas-fond, Luiz Inácio Lula da Silva especializou-se em dizer besteiras de todos os tipos e para todos os gostos, diz o que não deve no pior lugar e momento. Agora mesmo ofendeu gratuitamente deus antigos e velhos companheiros, que deram tudo para colocá-lo onde está, quando para ouvir sua voz declarou solenemente: “se você conhecer uma pessoa muito idosa esquerdista, é porque tem problemas”. Alertado que a coisa pegara mal, pusilanimemente saiu-se com outra pior: 'Lamentavelmente, parece que tem gente no Brasil que não gosta mais de humor. Então nem uma boa brincadeira é considerada uma brincadeira.' Quer dizer a culpa é dos velhos que ouviram, ele só estava de “brincadeirinha”.
Nessa quarta feira passada, na reunião do conselho político do governo (os 10 partidos que o apóiam), apresentou uma expectativa desanimadora: tudo vai seguir como antes, isto e, nada vai seguir , pois não há um programa real e inteligente, tudo continua a ser resolvido com as incontinências verbais mirabolantes do presidente, que começaram com os 10 milhões de empregos, passaram pelo “espetáculo de crescimento e estão numa forma lastimável paradas no impossível crescimento do Produto Interno Bruto em 5% para o ano de 2007. Tudo são petas, tudo promessas que não podem ser cumpridas, tudo demagogia barata.
Ele é tão fraco que seus ministros mais fortes o são simplesmente por serem menos medíocres como José Dirceu, Antonio Palocci e a supervalorizada Dilma Rouseff.
No Primeiro mandato o problema era a “herança maldita” legada por Fernando Henrique Cardoso. Nesse segundo, pelo andar da carruagem, a “herança maldita” é a que ele está deixando para ele mesmo.


Editado por Giulio Sanmartini   às   12/16/2006 01:58:00 AM      |