Por Laurence Bittencourt Leite, jornalista
Umas das frases lapidares de Freud para explicar a civilização é a de que a civilização teve inicio quando o humano em vez de lançar uma flecha, lançou um palavrão. Foi uma das primeiras formas de contenção, segundo o pai da psicanálise. Freud claro era um gentleman. Mas eu diria mais seguindo essa linda de racicíonio: que a civilização começou mesmo quando o ser humano passou de caçador nômade para agricultor. Foi um gesto e um ato econômico (aliás, toda contenção como ensinou Freud é um gesto econômico) e não político. Explicarei isso mais à frente. E como isso é correto. A política é luta permanente pelo poder. Levou a quê? Basta pensar nos exemplos. Alguns querem por a culpa nas guerras capitalistas. Humm.
Bom, mas basta seguir também o meu racicíonio e ver que ao se tornar agricultor, o homem passou a plantar, criar animais (domesticados), colher, comer, trocar. O comércio é fruto disso, e gera a troca e cria laços sociais. É fácil perceber isso. A civilização é um ato, portanto, de economia para Freud e não político. Mas adianta explicar isso? Querem outro exemplo: basta ver as cidades do interior aqui mesmo do nosso Estado: Política e religião. Olha o atraso. E a prosperidade só vem com o comércio, ou seja, com a economia. Adianta explicar isso? E mesmo nos municípios que tem uma carga de royalties (economia de novo), que seria para investir em infra-estrutura, o que vemos são cidades onde falta o mínimo. Mas para ser totalmente verdadeiro, isso se aplica mesmo ao resto do país. E no entanto...Vão para onde esses recursos? Para onde? Tudo isso é fácil de enxergar. Mas os nossos “analistas” continuam incentivando a política. Eles precisam de lideres. O incrível é que alguns desses não cansam de dizer que o nosso Estado é pobre em recursos, etc, etc, mas não se perguntam o por quê? Ai eles fecham os olhos ou não tem coragem de responder. E a resposta é única: porque nos falta justamente a iniciativa privada. Vide São Paulo. Onde há mais iniciativa privada, maior é a arrecadação. Aqui entre nós, Jesus. Mas vamos depender de Lula, do Estado e do município. Adianta explicar isso, é essa a pergunta? Outra pergunta que devemos fazer sempre é: quem ganha com a política? Essa é a pergunta capital. Talvez pudéssemos dizer: os mesmos. Os de sempre. Os grupos. E haja exclusão. Eles nem se dão conta disso. O nazismo fez isso. O fascismo também. Os comunistas idem. Quem inclui? Outros, Jesus, adoram dizer que política é para “pobre”. A demagogia é a norma. A ignorância também. Claro, para pobre, mas desde que tenham os ricos para pagar a conta. Jesus. Quanta charlatanice. E desde que claro, principalmente, as elites políticas, incluindo as socialistas continuem ricas. Os pobres, devem permanecer pobres, para manter ricos a elite política. É uma questão dialética, se quiserem. Marx talvez entendesse. Mas adianta insistir nisso? Eles percebem a contradição? Não. Não querem. Estão todos doidos para se beneficiar disso. Alguns já se beneficiam. E tome atraso. Por que claro, pode-se ficar rico pelo Estado, humm, haja “mãozinha”, mas não pela iniciativa privada, pelo capitalismo. Porque se um pobre desses for para frente por esforço próprio, a política, como disse uma vez Delfin Neto, morre. A frase dele era: se o Brasil progride, Brasília morre. Pelo visto, agora com Lula...E tome política. Seguindo em frente podemos dizer que depois da fase agrícola inicial, foi preciso que o ser humano para conseguir contabilizar seus ganhos inventasse a escrita. Isso é fato. Estou resumindo, óbvio, mas é um pouco de historia da comunicação. Saímos do não verbal, para o verbal, escrita, alfabeto, etc. Sem a escrita como reter ganhos, perdas, pagamentos? A escrita, foi outro avanço pautado em fatores econômicos. Adianta? Qualquer livro sobre a historia da comunicação humana permite verificar tais conquistas. A própria democracia é o avanço político do capitalismo. Pode não ser o melhor, mas é o único que deu certo. Agora basta pensar: qual o avanço econômico do socialismo? Do fascismo? Do nazismo? Foram regimes exclusivamente políticos. No auge do nazismo era norma usar como defesa do Führer (o guia) dizer que Hitler tinha erguido a Alemanha. Humm. Pensem no PT de Lula. Medindo as proporções às vezes o sentimento (megalômano) parece ser o mesmo. E no entanto, o país nunca esteve tão ruim. E no entanto os nazistas...Mas era moda (até Bernard Shaw caiu nessa) entre intelectuais europeus até inícios dos anos sessenta, dizer que o que motivava as guerras eram fatores econômicos. Humm. Hitler, Mussolini, Mao, Stalin, todos usaram o capitalismo para fazer suas atrocidades e criar o estado policial. Hoje, claro, intelectuais civilizados não embarcam mais nessa. Mas adianta? E vejam bem, o capitalismo debaixo de todas as pressões se renova, se adapta, basta ver as empresas que se preocupam com menos poluentes etc, etc, para dizer o mínimo. O contribuinte é levado em consideração, senão a empresa fale. Já o setor público. Jesus. Basta pensar aqui no nosso país, ou aqui no nosso Estado: falta de saneamento básico, poluição dos rios, descaso na educação, na saúde, estrada. E o dinheiro para onde vai? Sai governo e entra governo, e não há respeito ou renovação. Mas vamos defender a política. Apesar de tudo, feliz natal.
Editado por Adriana às 12/12/2006 08:20:00 AM |
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