Por Plínio Zabeu
Parece que os seres humanos em geral necessitam primeiro de um duro golpe, um período de sofrimento ou ao menos um medonho susto, para que parem e reflitam sobre sua existência, seus sentimentos, suas responsabilidades na defesa da sua própria vida. Somos um organismo composto de vários elementos, o mais importante e em maior quantidade a água. Se todos conhecêssemos os princípios e a ação de cada um deles, realmente seria mais fácil preservarmos nossa saúde dando atenção prioritária sobretudo à prevenção dos males e deixando para depois os cuidados da cura deles.
Os grandes centros de pesquisa – o Brasil, orgulhosamente para nós, entre eles – podem desde já prever que um dia alcançaremos um estágio científico que realmente nos prevenirá das doenças que tanto nos afligem hoje. Já se conhece muita coisa. Mas podemos ter esperança que um dia uma criança sairá da maternidade com duas certidões de nascimento: Uma civil, outra genética. Nesta teremos todo o futuro do recém nascido quanto à prevenção de qualquer mal que possa atingi-lo. Por ora, voltando à frase inicial, cabe-nos um momento de reflexão. Por quê foi necessária a morte de 154 seres humanos em um trágico acidente aéreo para enfim sabermos que há muito tempo voamos com sério perigo de colisões pelos céus brasileiros? Por quê foi necessário saber que uma bela jovem simplesmente morreu porque queria ser magra? Depois deste caso, vários outros foram anunciados. O ser humano não sabe como controlar seu peso. E, finalmente vem uma nota triste e não menos trágica: Somos os campeões mundiais no consumo de venenos chamados de fórmulas mágicas para emagrecimento. Embora tenhamos leis que proíbam a fabricação e a prescrição de tais drogas, muita gente está caminhando para a mais dolorosa morte, aquela que se processa lentamente. Não é tão difícil entender como uma pessoa se torna obesa. Ou ela tem uma disfunção glandular ou simplesmente come demais. E o peso desta se compara a uma conta bancária: “Só aumenta quando depositamos mais”. Agora, sabermos que existem médicos – “médicos”? – que prescrevem tais venenos, como o fenproporex, nos coloca numa situação vexatória, de vergonha para os demais colegas que estão sempre preocupados com uma medicina correta. Faço um apelo aos que tenham excesso de peso. Procurem pessoas gabaritadas para orientação. Não se submetam ao envenenamento progressivo, por conta de quem não tem competência ou seriedade na sua função. Vamos deixar o topo do negativo. pz@vivax.com.br
Editado por Giulio Sanmartini às 11/30/2006 02:48:00 AM |
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