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Por Plínio Zabeu
Com a reeleição do presidente encerramos as contendas. Tudo vai acabar. Tudo será convenientemente esquecido. O que foi dito, mostrado, provado, denunciado, roubado, desviado, montantes absurdos de dinheiro e interesses negociados, não passou de simples estória.
Cada povo tem o governo que a maioria da população merece. Os que não o merecem terão que se conformar, aceitando o veredicto sagrado. Isto é Democracia. Uma forma de governo que, longe de ser a ideal, ainda é a melhor possível. Temos ao menos os direitos chamados de “jus esperniandis”, ou seja, podemos reclamar, gritar, condenar. Não estamos em Cuba, China, Bolívia ou Venezuela (países dos sonhos de nosso presidente).
Tudo não passou de intrigas da elite, da direita, de escravos do imperialismo americano, dos vendilhões da pátria. Venderam o que era do povo e esconderam o dinheiro.
Por quê um basta na corrupção e negociatas de políticos no país desde que Cabral errou o caminho e aqui aportou?
Por falar nisso. Será que algum crítico de privatização tomou conhecimento do último negócio da Vale Rio Doce? Deverá agora comparar o que era e o que é a grande siderúrgica. Antro de políticos que lá dentro negociavam cargos e mais cargos, praticamente nada rendendo de lucro ou de impostos. Hoje a empresa contribui com uma enorme taxa de tributos, nunca vista antes. Milhares de cargos foram eliminados. Não existe mais corrupção lá dentro. É a segunda maior mineradora do mundo, depois de comprar a similar canadense. Imaginemos o que seria dela se ainda fosse estatal nas mãos dos que hoje nos governam. E as outras? Telefones e estradas, apenas para mencionar as diferenças entre antes e agora. Tirem os leitores suas conclusões. Claro que seria ótimo se tivéssemos as rodovias de qualidade que hoje temos, sem o maldito pedágio. Mas ficou suficientemente provado que governo não sabe administrar empresas.
Bem. Vamos esperar por novos tempos. Vamos começar 2007 com novas esperanças. Afinal, já que tudo será realmente esquecido, quem sabe uma nova equipe se formará. Ministérios já foram negociados com o título do próprio chefe da nação: “Com porteira fechada”. Quem assumir fará o que quiser com os lucros ou com os negócios. A Petrobrás continuará a ser dirigida pelo grupo do poder mantendo sua capacidade de investir sem nenhuma garantia em países totalitários como a Bolívia.
Se Deus não se cansou de ser brasileiro, quem sabe nos dará alguma esperança de futuro melhor.


Editado por Giulio Sanmartini   às   10/25/2006 08:47:00 AM      |