Por André Leite é Consultor Econômico
Esta semana, resolvi olhar com detalhe minha conta de energia elétrica. Vi, horrorizado, o retrato do Brasil nesta fatura. De cada R$ 100,00 pagos na conta, R$ 44 vão embora em impostos. Destes R$ 44 temos R$ 30 para Blairo Maggi e R$ 14 para Luis Ignorácio. Com os outros produtos que compramos é mais ou menos a mesma violência. Tem produto que a carga é 20%, tem produto que a carga é 80%, mas é razoável afirmar que a carga média dos produtos que compramos é de 40%. Mesmo que você não pague imposto de renda, ou por estar fora da faixa ou por sonegar, o fato é que você paga quase metade do que ganha em impostos diretos e indiretos. Daí que sai o nefasto número de 40% do PIB que é subtraído da sociedade na forma de impostos.
O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), um órgão independente, divulgou um estudo onde mostra que todos os anos o Brasil perde 32% de sua arrecadação com corrupção e ineficiência administrativa. Da arrecadação de R$ 732 bilhões temos R$ 234 bilhões no lixo. Isso dá simplesmente 23 vezes o que o governo aplica no bolsa esmola. Dinheiro esse que não se traduz em aumento de consumo, aumento de investimento ou mesmo de poupança interna. Esse dinheiro tem seu caminho de ida para as contas off-shore em paraísos fiscais, esse ervanário fica aplicado em títulos do tesouro americano e não gera nada pra nosso país. Para aprendermos o caminho de volta desse tutu, tivemos exemplos didáticos na (indi)gestão petista. São os dólares na cueca, são os dólares que pagaram o Duda Mendonça e são os dólares petistas que iriam comprar o dossiê fajuto. Cada família entrega na média 40% do que produz em impostos. Destes, 32% são roubados ou desperdiçados na paquidérmica e corrupta máquina pública. Isso dá que 13% que você, nobre leitor ou leitora, produz ao longo do ano vai pro ralo ou para a cueca de algum petista. É como se com sua família, morasse aquele cunhado chato, desempregado e picareta. Todo mês ele te suga 13% de sua produção e gasta tudo com jogo, bebida e mulher. É como se cada família tivesse um Agostinho em casa. Lulla e o PT são o Agostinho do Brasil. Estamos assistindo ao casamento dos neo-corruptos com os corruptos da velha guarda. Quando Lulla e seu PT se juntam a Jader Barbalho, Collor, Maluf, Newton Cardoso, Quércia, Sarney, Renan Calheiros e outros com o mesmo discurso anti-privatização, estado grande, tudo pelo social, etc... temos que desconfiar. Eles querem manter o estado grande é para se lambuzar. Quanto mais estatais eles tiverem para si, mais cabides de emprego para a companheirada e mais orçamento para ser desviado. É o casamento do saci pererê com a mulla sem cabeça. Só gera filhote lindinho. Olhem só a privataria que eles tanto falam, a Vale hoje é a segunda maior mineradora do mundo. É a maior investidora em solo brasileiro. Olhem para as telecomunicações. Antes um telefone custava milhares de dólares e assim mesmo tinha fila. Hoje qualquer um, de qualquer classe tem o seu telefone. Até o caseiro que teve seu sigilo bancário violentado pelo recém-eleito deputado Palocci tem o seu celular. A soma do valor atual de mercado das empresas é bem menor que o que o Tesouro obteve com a Telebrás. Isto sim, foi uma enorme revolução social. Nosso maior problema se chama corrupção. Com esse modelo de assistencialismo (sem porta de saída) e inchaço da máquina pública, financiado por uma carga tributária sufocante, nunca vamos sair desta sina de crescimento medíocre. Nos últimos anos perdemos uma chance dourada de crescer 7%-8% ao ano como os outros emergentes. Votar no Lulla é votar na manutenção deste modelo nefasto. É votar para que o Agostinho continue em casa. Quem paga esta conta é você, seu trouxa! PS. Pasmem! O nosso governador Blairo Maggi declarou seu voto ao Lulla (naturalmente após fechadas as urnas) e costura apoiar elle no segundo turno. Não temos um governador. Temos um síndico que até pode fechar direitinho as contas do prédio, mas que não é sensível ao que se passa nos corações e mentes dos moradores do edifício Mato Grosso
Editado por Adriana às 10/13/2006 06:29:00 PM |
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