Freud é tosco, como Gregório. Gregório alugou um taxi que fazia ponto em frente ao Palácio do Catete. Freud usou um integrante da campanha de Lula.
Passei pelos bares, restaurantes e outros buracos noturnos de Brasília. " Essa foi demais", foi a frase que mais ouvi.
Há uma grande expectativa sobre a revelação do tubarão que está por trás disso tudo, o cara que arranjou a grana. Parece que seu nome vai ser revelado nas próximas horas. Pode até ser que algum jornal comece a circular daqui a pouco com o nome desse personagem. Não duvido.
Nada cola, nada gruda em Lula. O candidato, nesta campanha, está abusando da sorte: beijou até as mãos de Jáder Barbalho no palanque. Lula é muito popular: se for pego com a mão dentro do cofre, o povo vai dizer que tava botando e não tirando dinheiro.
O povo está com Lula. O povo é Lula. Não adianta. Mesmo com o escorregão do Mercadante no Jornal Nacional, Lula já está reeleito e, parece, que no primeiro turno.
Mas o PT está cada vez mais se afundando. Paradoxalmente é o partido do candidato amado pelo povo.
Mais uma crise e, com ela, seus velhos defeitos e dramas, inclusive na minha categoria. Há os que acham que Freud não está envolvido. É aquela corrente que até hoje não acredita na existência do mensalão. Há os enfurecidos que acham que desta vez o governo se afunda ou se Freud. Opiniões pessoais, graças a Deus, não interferem na cobertura correta da crise.
Mas uma coisa é certa: parodiando um coleguinha diante da declaração pública de um outro para a sua amada ( "Fulano está comendo além das suas possibilidades" ), eu vos digo: Diante de tudo, mas de tudo mesmo, a popularidade de Lula já está muito além das suas possibilidades.
Mas o cheiro de enxofre continua.
E hoje é terça-feira. Uma longa e tensa terça-feira.
Esqueci de dizer: a gente trabalha muito, ganha pouco, mas se diverte. Que vídeo do Serra que nada! Em todas as redações se faziam rodinhas pra ver o vídeo da Cicarelli. Comentários interessantíssimos que não tenho coragem de reproduzir. Com um olho no Freud e outro na Cicarelli, os jornalistas finalmente começam a descobrir o que eu modestamente sempre fiz desde que comecei no jornalismo: faça do seu dever um prazer. O texto sai mais leve, a disposição para o trabalho aumenta e o stresse diminui.
Fonte:
Blog do Moreno