Por Giulio Sanmartini
No ano de 1958, o Rio de Janeiro ainda era a capital da República, o nação tinha como presidente Juscelino Kubitschek e aconteceram muito perto um do outro dois desastres ferroviários, um na estação de Paciência e outro em Mangueira, este último deixou mais de uma centena de feridos e 90 mortos, não era algo positivo para o governo, portanto Juscelino, populista que era, foi uma tarde na hora de pico, à Gare D. Pedro II (Central do Brasil) onde passavam centenas de milhares de pessoas, sentir a opinião dos eleitores. Num determinado momento para um pobre senhora, já andado nos anos e lhe pergunta o que faria para resolver o problema do transporte ferroviário. Ela não teve dúvidas: “- Acho que comprando uns seis três tudo ficaria bem”. Juscelino voltou-se para seu secretário e, de forma peremptória, para que toda e imprensa que o acompanha ouvisse determinou: “ – Amanhã mande comprar na Inglaterra seis locomotivas!” Se os trens foram ou não comprados, não se sabe, sabe-se que Juscelino esmerou em desmontar a malha ferroviária brasileira para que fosse substituída por rodovias e assim, por motivos um pouco obscuros, dar-se desenvolvimento à industria automobilística que ele implantara. Luiz Inácio Lula da Silva, gosta de comparar-se a Juscelino, mas este tinha cultura e acima de tudo trabalhava. Ambos só se assemelham na demagogia deslavada e da honestidade duvidosa. Ao dizer que somente inaugurou a “operação” tapa buracos, à pedido de sua mulher Marisa, usa o mesmo populismo inconseqüente de Juscelino ao consultar uma pobre senhora sobre como resolver o problema dos trens. Marisa ao que nos consta não anda em estradas, tem o Aero Lula para seus deslocamentos, mas viu tudo na televisão e começou a atazanar o marido. Ora pergunta-se, para que servem os assessores, o ministério dos Transportes? Vale lembrar que a operação tapa buracos, não teve nem uma parcela do resultado desejado, mas encheu de forma corrupta o bolso (ou cuecas) de muita gente. O presidente, como é seu hábito deu culpa à imprensa e num terrível mau gosto declarou: “Agora, a imprensa parou de falar. Ou o problema está resolvido, ou o carro do jornalista caiu no buraco e não teve notícia". Pobre do país que tem presidente desse tipo.
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MARISA RECLAMOU E LULA DECIDIU TAPAR BURACOS Por Leonardo Goy e Leonencio Nossa em O Estado de São Paulo Presidente disse que cobranças da mulher o levaram a olhar o estado crítico das estradas O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que foram sucessivas cobranças da primeira-dama Marisa Letícia que o teriam levado a dar atenção à recuperação das rodovias brasileiras. "Toda vez que eu chegava em casa, minha mulher falava: 'Lula, você viu o que está acontecendo nas estradas?'", relatou o presidente, comentando em seguida que Marisa acompanhava o noticiário da TV sobre a precariedade nas estradas. "Aquilo foi me incomodando, e aí fizemos uma reunião e decidimos priorizar a recuperação das estradas brasileiras e não permitir que os buracos continuassem atazanando a vida dos brasileiros", afirmou Lula, em encontro com superintendentes do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT). Num pronunciamento de cerca de 20 minutos que fez no evento, Lula ainda soltou farpas contra a imprensa que, à época, segundo ele, deu destaque aos buracos nas rodovias. "Agora, a imprensa parou de falar", disse o presidente. "Ou o problema está resolvido, ou o carro do jornalista caiu no buraco e não teve notícia", ironizou. Em seguida, o presidente disse que valeu a pena receber "desaforos" e críticas por causa da operação tapa-buraco. Ontem o governo anunciou que, depois de tapar buracos em rodovias, iniciará no dia 17 um programa para recuperar, em dois anos, a sinalização de 48 mil quilômetros de rodovias federais. Batizada de Pro Sinal, a operação receberá investimentos totais de R$ 275,3 milhões, sendo que R$ 137,1 milhões serão aplicados neste ano. O programa foi lançado ontem, na sede do DNIT. Para tocar os serviços, foram contratadas 33 empresas, a partir de processo de licitação iniciado em novembro do passado e concluído em junho deste ano. "Estaríamos em falta com a segurança, se não cuidássemos da sinalização", declarou o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio de Oliveira Passos, durante o lançamento do programa, que prevê serviços como instalação e troca de placas de sinalização e pintura de faixas. Minas Gerais, que tem a maior malha rodoviária federal do País, será também o Estado que receberá, isoladamente, a maior quantidade de recursos. Do total de R$ 275,3 milhões, R$ 50,7 milhões serão aplicados na recuperação da sinalização em 9.065 km de rodovias em Minas. Em São Paulo serão aplicados R$ 7,2 milhões para recuperar a sinalização de 1.141 km.
Editado por Adriana às 7/10/2006 10:48:00 AM |
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