Por Ralph J. Hofmann
Fatos consumados:
O Brasil entregou R$ 20 milhões de ajuda de custo para o desenvolvimento de melhorias administrativas na Bolívia (Será que os consultores serão empresas/ONGs de amigos da Corte de Brasília?). Outrossim os sinais de fumaça indicam que a eletricidade da usina termoeléctrica em Cuiabá terá de ser subsidiada pelo tesouro até 2010. Também o Brasil deverá subsidiar o combate à aftosa na Bolívia. O combate à aftosa na Bolívia é de interesse do Brasil. Até aí tudo bem, se bem que a pergunta que não quer calar seja, o que está sendo feito dentro do Brasil para combater zoonoses e outras noses. O orçamento está sendo cumprido? Não vamos ser surpreendidos por alguma crise em outro setor em 2007? Se o preço do gás de Cuiabá deverá ser subsidiado pelo tesouro qual a solução lógica? Bom, se tivéssemos uma política racional, já que nossos acordos sobre energia viraram pó, já que a Bolívia não respeita nenhum acordo internacional, acho que Cuiabá deveria ser suprida por gás adquirido no mercado mundial a preços de mercado. Custaria mais caro? Pois que custe. Mas comprar da Bolívia a preços fora de mercado representa curvar-se diante do algoz. Em 1986, ante ágios escorchantes de fornecedores, a firma onde eu trabalhava comprou ferroligas no exterior a preços levemente maiores que os nacionais. Mas coibiu o ágio num momento em que o governo de Sarney não o fazia. A verdade é que os acordos fraternos com a Bolívia, racionais quando realizados viraram favores do Brasil ao país vizinho. Os favores da Bolívia ao Brasil passaram a ser inexistentes. Não devemos nada a eles. Deveríamos unilateralmente denunciar todos os acordos de cooperação que não representem benefício direto e claro ao Brasil. E a Família Kirchner deveria aplaudir. Hoje ao prometer gás que não tem à Argentina o Cacique Morales joga dois mercados um contra o outro. Um dia Kirchner também sentirá o pêso de ter um parceiro infiel. Um dia um assessor procurará o Ministro da Energia da Argentina e lhe informará que a luz no fundo do túnel apagou por falta de gás boliviano. Não sei se pacote de dinheiro para modernização administrativa da Bolívia já foi efetivamente transferido, mas a minha sugestão é que algum grupo de patriotas deveria procurar o judiciário para bloquear essa transferência. As atitudes do Cacique Morales, até mesmo linguagem corporal e olhares tem sido de um inimigo e não de um amigo de Lula e do Brasil. Eles não gostam do Brasil! Donde qualquer dinheiro pago a eles é por um lado uma tentativa de comprar amigos e pelo outro um pagamento de chantagem. Quem tem Evo por amigo decididamente não precisa de inimigos!
Editado por Ralph J. Hofmann às 2/15/2007 09:35:00 AM |
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