Por Giulio Sanmartini

No dia 30 de setembro noticiou-se o desaparecimento do Boeing da Gol. Menos de um mês depois (28/10) os operadores de vôo deram início à operação padrão e com essa o início do caos. No dia 1/11, o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira disse que tudo seria regularizado e não existiriam problemas no Natal.
A crise foi se gravando gradativamente, os responsáveis do governo pelo setor batiam cabeça e não diziam coisa com coisa, com brevíssimos hiatos, nada mudou. O presidente dava declarações e ordens estapafúrdias e como sempre acontece tenta encontrar culpados para sua dolorosa incompetência.
Até que o ministro da Defesa, o mais fraco num staff de ministros fracos, encontrou a grande solução: ter fé e rezar!
A crise depois de uma breve hibernação onde atrasos de uma hora eram tidos como normais, voltou com força total. Passageiros irritados, funcionários de empresas aéreas esgotados estão partindo para um inconcebível confronto físico, que destruição de equipamentos até feridos. Uma passageira enlouquecida com a situação, atirou um computador contra uma funcionária da Tam, o colega que tentou protegê-la fraturou o braço.
O ministro da Defesa escafedeu-se não aparece há dias, não há informações que tenha se demitido, tenha sido demitido ou esteja praticando uma reza, forte, pois está visto que a normal não está ajudando.
Como se não faltasse mais nada chega ele, o melhor, o nunca antes nesse país, o todo porreta presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e começa a regurgitar suas besteiras de cada dia:

"Eu quero ver se até amanhã [domingo] a gente desafoga a maioria dos aeroportos e garante que o Ano Novo seja mais tranqüilo."

O final de sua peroração "tudo isso demonstra que está aumentando a capacidade de viajar do povo brasileiro", deixou de ser uma mentira, um insulto, é de fato uma grande sacanagem com os brasileiros.

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