Operação Colniza
No dia 27 de novembro a Delegacia Fazendária da Polícia Civil de Mato Grosso prendeu o prefeito da cidade de Colniza/MT Sérgio Bastos dos Santos (PMDB), além do secretário de Finanças, da tesoureira da prefeitura e da secretária de Educação. Todos envolvidos em desvios de dinheiro público. Agora prestem atenção: no dia 20 de novembro, a câmara municipal tinha cassado o prefeito e sete vereadores. Sabem quantos vereadores tem o município? OITO. Sete foram cassados. Colniza fica na divisa com o Amazonas e possui pouco mais de 20 mil habitantes. Em 2003 sua receita total foi de R$ 10.741.755,14. Segundo o Ministério Público Estadual o o valor desviado pelo prefeito até agora gira em torno de R$ 10 milhões. Até agora. Explique-me, como é que este homem que tomou posse em 2005 conseguiu desviar até hoje, menos de dois anos depois, R$ 10 milhões se a arrecadação do município é quase isso? Agora me explique outra coisa. Como é que o Tribunal de Contas do Estado aprovou no dia primeiro de novembro as contas do prefeito (conforme nota abaixo) e 26 dias depois o prefeito é preso? Gente, o cara tinha 167 contas bancárias em nome da prefeitura.
Sessão do dia: 01/11/2006MUNICÍPIO DE COLNIZA TEM CONTAS APROVADASFonte: site do TCE/MT Em sessão ordinária, realizada no dia 31/10, o Pleno do Tribunal de Contas de Mato Grosso aprovou com recomendações o Balanço Anual do exercício de 2005 do município de Colniza, da gestão do prefeito Sérgio Bastos dos Santos. O parecer do Ministério Público junto ao TCE também foi pela aprovação com ressalvas das contas. O relator do processo, conselheiro Ary Leite de Campos, informou que a Prefeitura de Colniza cumpriu com a legislação pátria em vários pontos de controle importantíssimos. Ele apontou como exemplos disso os percentuais de gastos com pessoal (40,34%), de aplicação na manutenção e desenvolvimento do ensino (26,80%), no ensino fundamental (24,62%), na valorização e remuneração dos profissionais do magistério fundamental (72,80%) e na saúde (18,10%). O município também cumpriu como limite de repasse ao legislativo, que foi de 6,88%. Segundo o relator, as irregularidades detectadas pela equipe técnica do TCE foram de natureza formal e que não causaram danos ao erário público. No entanto, precisam ser corrigidas pela atual gestão da Prefeitura de Colniza para que não voltem a ocorrer.
Editado por Adriana às 12/02/2006 07:42:00 AM |
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