Não quer dizer que as demais legendas que terão seu quinhão na administração serão mais éticas, mais respeitosas com a coisa pública. Apenas não se cometerá o erro cometido no começo do primeiro governo: a diretoria é de um partido e os andares imediatamente abaixo são do PT. O resultado foi uma brigalhada não apenas porque a cabeça não conseguia fazer o corpo ir para o lado que ordenava, mas também porque o corpo pretendia ter acesso aos benefícios destinados à cabeça.
O escândalo que deu origem à CPI dos Correios foi exatamente isto. O PTB tinha montado seu suposto esquema de arrecadação, do qual outros partidos não faziam parte.
Armaram a jogada para limitar-lhe a atuação e, se possível, sacá-lo da autarquia. A coisa deu errado porque o escândalo subiu demais, chegou no então deputado Roberto Jefferson, que percebeu o que havia por trás. Antes que caísse sozinho, resolveu atirar para matar. Foi quando eminentes petistas começaram a vir à tona. Por conta disto, faltou pouco para a aventura petista à frente do País acabar mal.
Desta vez o PT terá que se dar por satisfeito com o que lhe for reservado. E estar consciente de que, na busca por mais espaço, apenas ele saiu perdendo.